De acordo com os números apresentados pelo Sistema de
Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), em 2021, os municípios
alagoanos de Teotônio Vilela, Roteiro e Pilar investiram mais de 30% dos seus
recursos em ações e serviços públicos de saúde.
Os quatro municípios integram o Conisul, entre consorciados e
conveniados, e aplicaram os totais de 34.60%, 30.24% e 32.04%, respectivamente.
Campo Alegre aparece em quarto lugar, com a aplicação de 29.38% dos recursos no
setor.
Nesses municípios, os investimentos estão mais voltados para
o fortalecimento da atenção básica. “A atenção básica é, de fato, a ordenadora
da rede em Teotônio Vilela”, explica a secretária de Saúde de Teotônio Vilela,
Izabelle Alcantara.
O município, que encabeça a lista entre os maiores
investidores na saúde, aplicou o montante de R$ 21.429.526,14 de recursos
próprios na pasta.
As estratégias para usar bem os recursos envolvem investimentos
na Estratégia Saúde da Família, academias de saúde, programas próprios como:
APAR que trabalha a saúde sexual e reprodutiva, planejamento familiar, atuação
sobre as doenças crônicas não transmissíveis, todos no âmbito da Atenção
Primária.
“Os cuidados com a saúde da população devem ser encarados
como investimento. A pandemia veio para enfatizar ainda mais essa importância. Então
atuamos fortemente no sentido de apoiar as equipes saúde da família, de forma
interdisciplinar, integrada e potencializando o poder de resolutividade da
Atenção Básica”, completou a gestora.
A superintendente do Consórcio, Pauline Pereira, enfatiza a
importância de se discutir a atualização dos repasses para aplicação nas áreas
essenciais da gestão.
“Os recursos aportados pelo estado estão muito abaixo do que
é necessário para fazer o mínimo. Basta verificar os percentuais aplicados pelos
municípios, e é possível verificar que a maioria expressiva gastou acima do que
é determinado pela Lei”, destacou a gestora.
O SIOPS é o instrumento de planejamento, gestão e controle
social do Sistema Único de Saúde (SUS) e é coordenado pelo Departamento de
Economia da Saúde e Desenvolvimento (DESD).
Os dados declarados são coletados, armazenados e
processados, gerando informações sobre receitas totais e gastos das três
esferas do governo: federal, estadual e municipal. Ao município, a
responsabilidade de aplicação mínima em recursos é de 15%.