Importantes prestadores de
serviços de saúde de média e alta complexidade começaram a suspender
atendimentos a população dos municípios do Conisul, esta semana, em retaliação
a ausência de repasses feitos pelo Consórcio, que está com dez parcelas dos
recursos do convênio com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em atraso.
Ao todo, a dívida ultrapassa R$15
milhões de reais.
O convênio, que foi firmado pela primeira vez em 2014, é um
dos instrumentos mais importantes do Conisul para a realização de exames,
cirurgias e consultas especializadas e contempla mais de 500 mil habitantes
situados na Região Sul de Alagoas.
Após inúmeras reuniões e tratativas
por parte da presidência e superintendência do Consórcio, os secretários da
Sesau, Gustavo Pontes e da Fazenda, George Santoro, afirmaram ao presidente,
Marcelo Beltrão, que efetuarão os pagamentos no próximo dia 10 de agosto.
“Em julho, foi liberada uma
parcela, mas o valor é pequeno diante do montante devido. A situação crítica
tem gerado uma crise na saúde da população, uma vez que os diagnósticos e
consequentemente, os tratamentos, não estão sendo realizados da maneira
adequada”, destacou a superintendente, Pauline Pereira.
A regulação de serviços de saúde
feita através do Consórcio representou uma mudança no perfil sanitário da
Região.
A partir do controle dos recursos, foi possível ampliar a oferta de
serviços, proporcionando atendimentos especializados, superando as demandas
reprimidas e melhorando os indicadores de saúde do estado.
Só em 2021, foram realizadas quase
45 mil consultas, dentro de um elenco de 21 especialidades médicas, mais de 500
mil exames e cerca de 2 mil cirurgias. Os números são apenas dos últimos doze
meses de execução de um convênio que já existe há oito anos.